Conceber trilhas personalizadas para os alunos não é uma tarefa fácil. Existem certos desafios com os quais os professores se deparam ao longo do caminho, incluindo como encontrar a tecnologia certa para apoiar essas trilhas.
Porém, repassemos um pouco com o que estamos lidando aqui. Em primeiro lugar, trilhas personalizadas fazem parte de uma estratégia mais ampla de aprendizagem personalizada. Elas foram identificadas como um componente-chave da aprendizagem personalizada, juntamente com a progressão baseada em competências e ambientes de aprendizagem flexíveis.
De acordo com a citação acima da RAND Corporation, “as trilhas de aprendizagem permitem flexibilizar os caminhos específicos que os alunos percorrem ao aprender os conteúdos para cumprir seu plano educacional, enquanto os mantêm com altas expectativas”.
Essa é uma ótima descrição, mas também gosto de pensar em trilhas como uma caça ao tesouro, na qual o objetivo final é que o aluno se responsabilize pelo seu próprio êxito na aprendizagem, com a ajuda do professor e de seus colegas.
Por exemplo, alguns alunos precisam aprender as competências essenciais em um curso e gostam de seguir um mapa predefinido. Outros, por sua vez, encontram pequenas pedras preciosas ao longo do caminho que eles precisam coletar, como aprender mais sobre um conceito específico que desperta seu interesse. Alguns marcos no mapa de aprendizagem precisam ser concluídos em ordem. Porém, em alguns casos, os alunos também podem ir do ponto A ao C e depois voltar ao ponto B, e isso é perfeitamente aceitável.
Tudo isso e muito mais pode ser alcançado usando um AVA, que é o nosso tema de hoje!
Claro, tudo parece ótimo, mas como você pode fazer isso na prática? Embora isso não seja uma lista definitiva ou uma receita para o sucesso, aqui está um ótimo exemplo de como os professores podem personalizar as trilhas de aprendizagem com a ajuda de um AVA:
Estabelecer metas de aprendizagem é essencial para adaptar a aprendizagem às necessidades reais dos alunos. Além disso, os alunos podem definir pelo menos algumas dessas metas por conta própria ou com a orientação do professor. Por exemplo, um professor de português pode ajudar um aluno que adora literatura a definir a meta de participar de uma aula individual ou ler um artigo sobre romances contemporâneos. Outro aluno pode ter a meta de aprender mais sobre teatro e assim por diante.
As metas não precisam ser esculpidas em pedra ou concluídas por absolutamente todos da classe no mesmo ritmo. Um AVA pode oferecer flexibilidade para personalizar metas, o que significa que você pode mostrar ou ocultar metas específicas para alunos específicos. Por exemplo, você pode querer ocultar uma meta opcional, como participar de uma pequena aula sobre as obras de Machado de Assis. Essa meta pode aparecer para os alunos que estão mais interessados em literatura contemporânea, e não para aqueles interessados em teatro. Você sempre tem a opção de mudar isso também.
Você se lembra da analogia da caça ao tesouro? Como os alunos podem aprender o que lhes interessa, e não necessariamente em uma ordem estrita? Em um AVA, isso significa que o conteúdo da aula pode ser livremente explorado, pois os alunos podem escolher quais atividades realizar depois. Uma ressalva: isso pode não funcionar com todas as aulas. Por exemplo, é essencial que os alunos aprendam sobre a estrutura de uma célula para avançar em assuntos mais complicados de biologia. No entanto, algumas matérias, como literatura, permitem mais espontaneidade e, nesse caso, os professores podem estabelecer metas a serem cumpridas em qualquer ordem.
O envolvimento dos alunos não para com a definição de metas. Permitir que eles sejam proativos em sua aprendizagem significa dar as ferramentas necessárias para que avaliem seus pontos fortes e fracos. Isso não significa que os alunos precisam ser avaliados nessa atividade, nem que os professores devem eliminar as avaliações formais. Por exemplo, um AVA inclui questionários com notas automáticas que os ajudam a praticar o que aprenderam e por meio dos quais eles podem receber feedback instantâneo. Os alunos podem fazer pesquisas, escrever redações sobre seu progresso ou até mesmo manter um blog de aprendizagem para refletir sobre seu processo de aprendizagem.
A autoavaliação é uma ótima ferramenta, mas precisa ser complementada pelo feedback do professor. De fato, por meio de um AVA, os professores podem deixar um feedback personalizado junto a um trabalho que pode ser revisado por um aluno sempre que ele quiser melhorar algo, como suas habilidades de redação. Outros alunos também podem deixar feedback, o que pode se transformar em uma experiência de aprendizagem poderosa para mais de um aluno.
Trilhas de aprendizagem individualizadas não significam que os alunos estejam confinados em suas próprias bolhas. Há muitos casos em que um AVA com ferramentas colaborativas ricas pode permitir que os alunos participem ativamente de discussões ou debates, colaborem em trabalhos, construam seus portfólios e aprendam uns com os outros. Fica claro também que alunos com os mesmos interesses podem formar grupos de estudo e participar das mesmas atividades, como uma visita ao museu.
Para oferecer trilhas personalizadas que realmente funcionam, os alunos devem ter uma ampla variedade de materiais à sua disposição. Alguns deles podem precisar ler um e-book. Outros entenderiam melhor o conceito se assistissem a um vídeo. É muito mais fácil fazer upload de um recurso de aprendizagem e simplesmente direcionar os alunos para esse recurso do que fornecer um livro didático físico ou apostilas diferentes para cada um deles.
Um AVA pode ajudar os professores a projetar trilhas personalizadas para os alunos seguirem como parte de uma estratégia de aprendizagem personalizada mais ampla. Se trata de uma solução completa para professores que os ajuda a poupar tempo, acompanhar as metas de aprendizagem e se adaptar às necessidades exclusivas de cada aluno.